terça-feira, 13 de outubro de 2009

Música Popular, Literatura e Memória


O Seminário promovido pela PUC encerrou com Maria Bethânia. Em plena forma, a diva cantou lindamente. Dentre os autores por ela selecionados para leitura, destacam-se Fernando Pessoa, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Mário de Andrade, Ascenso Ferreira, Patativa do Assaré, Ferreira Gullar, Sophia de Mello Breyner, Manuel Bandeira e Waly Salmoão.

Um dos momentos marcantes do seminário foi a participação do professor e compositor Luiz Tatit. Partindo da noção de que a fala comporta o canto, ele disse ser o rap a canção mais pura que existe. Segundo o autor de O Século da Canção, "a canção só acabaria se parássemos de falar".

"Eu passei pelo século XX com todas as gerações", disse Paulo Cesar Pinheiro. Ele lembrou que teve, como parceiros, desde Pixinguinha até Tom Jobim; passando pelos filhos de Baden e Edu Lobo, de quem ele também foi parceiro.

José Miguel Wisnik fez a conferência de "fechamento", sugerindo que as vogais patrocinam a melodia. Segundo o autor de Veneno Remédio, o alogamento vocálico - a extensão da vogal cantada - investe nostalgia na canção. Para exemplificar, cantou "Iracema", de Chico Buarque.

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